O Uso de Redes Sociais por Adolescentes: Qualidade x Quantidade
O tempo de tela e a presença nas redes sociais se tornaram uma das principais formas de ocupação do lazer e de socialização entre os adolescentes. No entanto, um estudo recente busca entender de forma mais aprofundada como esse uso afeta o bem-estar dos jovens e o que diferencia um uso saudável, menos saudável e até mesmo dependente das redes sociais. Este estudo, baseado nos dados do inquérito Health Behavior in School-aged Children (HBSC) de 2022, realizado em colaboração com a Organização Mundial da Saúde (OMS), lança luz sobre esse fenômeno.
Um total de 7.643 alunos dos 6.º, 8.º, 10.º e 12.º anos de escolaridade participaram do estudo, sendo 53,9% do sexo feminino, com uma idade média de 15,05 anos. A amostra representa de forma significativa as diferentes séries escolares em análise. Os resultados desta pesquisa têm o objetivo de examinar e identificar semelhanças e diferenças entre três grupos relacionados aos níveis de saúde do uso das redes sociais e como esses níveis se relacionam com o bem-estar dos adolescentes, adotando uma perspectiva ecológica.
Os resultados revelaram que os adolescentes com um uso menos saudável das redes sociais tendem a ser mais frequentemente do sexo feminino, mais velhos e apresentam comportamentos autolesivos, maior consumo de álcool e relacionamentos menos favoráveis com seus professores. Por outro lado, aqueles que demonstram maior dependência das redes sociais têm uma percepção mais elevada de falta de segurança na escola e na comunidade onde residem, além de passarem mais tempo em atividades de tela como lazer.
O estudo também evidenciou que o bem-estar dos adolescentes que utilizam as redes sociais de forma saudável está relacionado a uma série de fatores positivos, como a diminuição de sintomas psicológicos, estratégias eficazes de gerenciamento de estresse, consciência corporal aprimorada, maior envolvimento em atividades físicas, menor tempo gasto online com amigos e relacionamentos mais satisfatórios com familiares e professores.
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Em resumo, a pesquisa enfatiza a importância das tecnologias e das redes sociais na vida dos adolescentes, destacando a necessidade de promover um uso saudável, crítico e equilibrado dessas ferramentas. Além disso, ressalta a relevância do desenvolvimento de habilidades socioemocionais, que desempenham um papel crucial na utilização saudável das tecnologias. Em um mundo cada vez mais conectado, compreender e promover uma relação equilibrada com a tecnologia é fundamental para o bem-estar das gerações futuras.
Fonte
https://doi.org/10.3390/children10101649
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